terça-feira, 24 de agosto de 2010

Para vender, trocar, procurar: Classificados de jornal em sala de aula

Sequência didática com o gênero "classificados" de jornal

Objetivos:

  • Apresentar o gênero anúncio classificado;
  • Mostrar a função social do anúncio classificado;
  • Explicitar o processo de argumentação presente nesse gênero;
  • Utilizar palavras adjetivas como forma de persuadir o leitor;
  • Verificar quais as formas de abreviaturas presentes nos classificados.
Tempo de duração: 4 aulas

Procedimentos:

  • Leitura compartilhada - Vende-se ( Classificados poéticos, Rosenan Murray);

  • Levantamento de hipóteses acerca do gênero textual classificados;

  • Apresentação do gênero com diversas páginas de classificados de jornais e revistas para que os alunos leiam;
  • Conversa sobre a função social, as características e o suporte onde circula o gênero.
  • Em grupo, discussão sobre as abreviaturas utilizadas nos classificados;
  • Em grupo, produção de um anúncio classificado de jornal que será posteriormente colocado no mural da escola;
  • Reescrita coletiva dos classificados, atentando para os aspectos linguísticos do texto;
  • Produção individual de um anúncio classificado;
  • Reescrita individual do texto.

Abaixo, alguns textos produzidos por alunos do CPA III vespertino, após a primeira etapa da atividade.

               

domingo, 22 de agosto de 2010

O QUE É FOLCLORE?

Podemos definir o folclore como um conjunto de mitos e lendas que as pessoas passam de geração para geração. Muitos nascem da pura imaginação das pessoas, principalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil. Muitas destas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas. O folclore pode ser dividido em lendas e mitos. Muitos deles deram origem à festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país.
As lendas são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.
Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.

Algumas lendas, mitos e contos folclóricos do Brasil:

Boitatá

Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na região nordeste, o boitatá é conhecido como "fogo que corre".

Boto

Acredita-se que a lenda do boto tenha surgido na região amazônica. Ele é representado por um homem jovem, bonito e charmoso que encanta mulheres em bailes e festas. Após a conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes de a madrugada chegar, ele mergulha nas águas do rio para transformar-se em um boto.

Curupira

Assim como o boitatá, o curupira também é um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um anão de cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que é obra do curupira.

Lobisomem

Este mito aparece em várias regiões do mundo. Diz o mito que um homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a capacidade de transforma-se em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu coração seria capaz de matá-lo.

Mãe-D'água

Encontramos na mitologia universal um personagem muito parecido com a mãe-d'água : a sereia. Este personagem tem o corpo metade de mulher e metade de peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das águas.

Corpo-seco

É uma espécie de assombração que fica assustando as pessoas nas estradas. Em vida, era um homem que foi muito malvado e só pensava em fazer coisas ruins, chegando a prejudicar e maltratar a própria mãe. Após sua morte, foi rejeitado pela terra e teve que viver como uma alma penada.

Pisadeira

É uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas vão dormir de estômago muito cheio.

Mula-sem-cabeça

Surgido na região interior, conta que uma mulher teve um romance com um padre. Como castigo, em todas as noites de quinta para sexta-feira é transformada num animal quadrúpede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas.

Mãe-de-ouro

Representada por uma bola de fogo que indica os locais onde se encontra jazidas de ouro. Também aparece em alguns mitos como sendo uma mulher luminosa que voa pelos ares. Em alguns locais do Brasil, toma a forma de uma mulher bonita que habita cavernas e após atrair homens casados, os faz largar suas famílias.

Saci-Pererê

O saci-pererê é representado por um menino negro que tem apenas uma perna. Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas.

Curiosidades:
- É comemorado com eventos e festas, no dia 22 de Agosto, aqui no Brasil, o Dia do Folclore.

- Em 2005, foi criado do Dia do Saci, que deve ser comemorado em 31 de outubro. Festas folclóricas ocorrem nesta data em homenagem a este personagem. A data, recém criada, concorre com a forte influência norte-americana em nossa cultura, representanda pela festa do Halloween - Dia das Bruxas.

- Muitas festas populares, que ocorrem no mês de Agosto, possuem temas folclóricos como destaque e também fazem parte da cultura popular.






Fonte: http://www.suapesquisa.com/folclorebrasileiro/folclore.htm
          http://ferinhasdosaber.blogspot.com/

SEMINÁRIO DE PAIS

I SEMINÁRIO DE PAIS
TEMA: EU AMO MINHA FAMÍLIA


A família não nasce pronta, é construída aos poucos, e é o maior laboratório do amor de Deus aqui na terra. Em casa, pais e filhos podem experimentar com profundidade a grande aventura de amar sem medo.
A família é o nosso fundamento, a base do nosso futuro, mas atualmente, essa célula mater da sociedade enfrenta problemas complexos que tem afetado sua estrutura. A falta de diálogo, a ausência de valores e a falta de amor têm causado sérios desajustes familiares.
Não podemos esquecer que a educação dada pela família, através dos padrões de ética, de moral e de religiosidade é fundamental para a formação da criança, pois se ela cresce num ambiente familiar onde se respira amor, aprende a amar com naturalidade. Nas famílias onde os pais são um exemplo a ser seguido, o jovem não mata, não rouba, não comete violência contra o próximo.
Nesta árdua tarefa de educar os filhos, a família deve estar em plena sintonia com a escola. A escola é uma instituição que complementa a família e juntas tornam-se lugares agradáveis para a convivência dos nossos filhos-alunos.
A Escola Heribaldo Dantas promoveu este evento porque entende que os laços da parceria família-escola precisam ser fortalecidos para que alcancemos o maior objetivo: um futuro melhor para o filho e educando e, automaticamente, para toda a sociedade.































sexta-feira, 13 de agosto de 2010

DIA DO ESTUDANTE

O dia do estudante foi comemorado em grande estilo na Escola Heribaldo Dantas. Pela manhã os alunos foram assistir ao filme Shrek para sempre no Starplex Cinema e pela tarde houve a certificação dos vencedores do Prêmio Estudante do Ano e festa dançante na própria escola.





















segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Formação literária do professor: nunca é tarde para gostar de ler

Você terminou de ler um romance. Chega à escola e corre para compartilhar a experiência com os colegas. Fala sobre os conflitos do personagem (sem entregar o fim da história, é claro) e comenta que já viveu vários dos questionamentos narrados na história - razão pela qual a trama prendeu a atenção do começo ao fim. Outro professor aproveita para dizer que já leu algo do mesmo autor - e a conversa continua, animada, até a hora de a aula começar.
"Um mesmo livro nunca é o mesmo para duas pessoas", já disse o poeta Ferreira Gullar. Essa experiência, ao mesmo tempo pessoal e coletiva, é tão rica porque nos permite entrar em contato com uma realidade diferente da nossa - e, graças a isso, (re)construir nossa própria história dia após dia.
Porém a realidade de grande parte dos docentes brasileiros está bem longe disso. Muitos não tiveram acesso a obras literárias em casa nem construíram práticas sociais de leitura (na Educação Básica e nos cursos de graduação universitária). "O professor médio brasileiro do ensino público teve pouco acesso e estímulo a ler. Por isso, conhece poucas obras de literatura contemporânea e clássica", afirma Zoara Failla, gerente executiva de projetos do Instituto Pró-Livro. Então, o que fazer para transformar essa pessoa que tem pouca familiaridade com a literatura em um agente disseminador de boas práticas leitoras? O mais importante é saber que nunca é tarde para se deixar encantar pela literatura e começar uma trajetória como leitor - ou, quem sabe, ampliar ainda mais os conhecimentos sobre os livros. Vamos nessa?

Por que ler

O leitor literário lê por razões variadas: rir, refletir, investigar, relembrar, chorar e até sentir medo. Lê porque mergulha no que autores e personagens pensam e sentem - no passado, presente ou futuro, em lugares distantes ou que nem sequer existem. Lê porque as narrativas literárias o ajudam a refletir sobre a vida e a construir significados para ela.

Como virar um leitor

Não existe um caminho único para se tornar um leitor literário. Você pode começar por textos simples do ponto de vista linguístico e depois passar para os mais complexos - ou iniciar por temas próximos e partir para os mais distantes. "E há os que preferem os grandes desafios desde o princípio porque sabem que eles têm algo a oferecer, nem que seja a estranheza", afirma Ana Flávia Alonço Castanho, selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10. Um bom caminho para alavancar o gosto pelos livros é procurar uma comunidade de leitores (podem ser os professores da escola, os amigos, os parentes - o importante é encontrar gente que goste de ler). Em Andar entre Livros, Teresa Colomer, professora de Literatura na Universidade Autônoma de Barcelona, na Espanha, afirma que "ao compartilhar as impressões sobre uma leitura passamos a saber os significados que a obra tem para os outros, o que enriquece nosso repertório". Outra vantagem desse diálogo permanente é a troca de indicações de textos e autores.
 
O livro (e outras linguagens)

Para os adultos que estão se iniciando no mundo da literatura, perceber as relações entre os livros e outras linguagens é também um caminho interessante. Ver um filme, ouvir uma música ou assistir a uma peça de teatro baseados em obras literárias e depois ler o texto original - ou vice-versa - é ótimo para entender como uma história é contada de maneiras diferentes. Cada formato tem uma especificidade e prioriza determinados elementos, como a descrição do personagem ou do cenário. É inevitável fazer algumas perguntas. O que mudou do texto para a encenação? Como o cinema traduziu em imagens uma paisagem antes descrita só em palavras? E os personagens, como foram retratados? Isso ajuda a despertar o senso crítico e, claro, querer ler mais.
A leitura deve ser uma atividade cotidiana, mas não precisa ter hora marcada nem deve se restringir a obras novas. Que tal retomar um livro que foi difícil de ler (ou aquele que você adorou)? Em determinada época da vida, um título pode parecer complexo ou não emocionar e, em outras, ganhar novos sentidos. Já no caso dos livros preferidos, nada melhor do que sentir novamente as sensações que a obra provocou, reler os trechos que mais gostou e relembrar as razões que o levaram a eleger aquele escritor como uma referência.

Onde ler

A leitura é um hobby e cada pessoa conhece o melhor lugar para se entregar aos livros. Há quem goste de ler deitado na cama, antes de dormir. Ou ler no ônibus, a caminho do trabalho. Outros preferem o sofá da sala. E você?

O que ler

Muita gente diz que o bom leitor é aquele que lê os grandes clássicos da literatura. Bobagem. Um leitor competente lê de tudo e passeia por gêneros variados, trilhando o próprio percurso. "Como diz o poeta brasileiro José Paulo Paes, devemos ler desde pornografia até metafísica", argumenta Heloisa Ramos, especialista em Língua Portuguesa e formadora do projeto Letras de Luz, da Fundação Victor Civita (FVC). Os best-sellers, por exemplo, recorrem a padrões narrativos simples e trazem certo conforto. "É por isso que tanta gente gosta dessas obras", afirma Celinha Nascimento, mestre em Literatura Brasileira e assessora de escolas públicas e particulares. "Mas não tenha medo de explorar outras possibilidades", sugere. Aguns livros exigem mais, pedem esforço intelectual, persistência e concentração. Em troca, costumam nos recompensar mais. "Ler Machado de Assis pode não ser fácil, mas não há dúvida de que proporciona muito mais possibilidades de reflexão", afirma Ana Flávia. Só não deixe que tudo isso vire sinônimo de sofrimento. "Fica mais fácil aceitar os percalços da leitura quando encontramos alguma satisfação", argumenta Celinha. Isso vale para você e para seus colegas. E também para seus alunos. Pode parecer difícil, mas basta dar o primeiro passo - ou melhor, abrir o primeiro livro. Boas leituras!
 
Saiba mais e veja sugestões de livros em: http://revistaescola.abril.com.br